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  • Foto do escritorJoão Paulo Koltermann

Dicas para ajudá-lo a superar a fobia social: Causas e tratamento

Atualizado: 8 de jun. de 2023


Como superar a fobia social?


Superar a fobia social pode ser um desafio, mas existem opções de tratamento eficazes disponíveis. A psicoterapia é uma abordagem comum no tratamento da fobia social, onde um terapeuta ajuda a pessoa a entender e controlar seus medos, desenvolvendo estratégias para lidar com a ansiedade em situações sociais. Além disso, a terapia em grupo também pode ser útil, permitindo que os participantes desenvolvam relacionamentos e melhorem suas habilidades de comunicação. Em alguns casos, a medicação pode ser prescrita por um médico psiquiatra para ajudar a controlar os sintomas da fobia social. O apoio familiar e social também desempenha um papel importante, fornecendo um ambiente protetor e reduzindo sentimentos de isolamento. Com o tratamento adequado e o apoio necessário, é possível superar a fobia social e levar uma vida mais plena e satisfatória.

Introdução

A fobia social é uma condição na qual as pessoas têm ansiedade intensa, medo de situações sociais ou situações em que precise realizar uma tarefa em frente a outras pessoas. É um dos transtornos de ansiedade mais comuns. Pessoas com fobia social podem sentir ansiedade social antes, durante ou após interações sociais. O transtorno de ansiedade social é um transtorno psicológico que pode levar a pessoa a evitar participar de atividades diárias, sentir-se com medo de participar de atividades em grupos ou sentir pânico intenso quando confrontado com uma atividade social. Tal fobia pode limitar severamente a capacidade de um indivíduo levar uma vida normal. Existem opções de tratamento atuais e eficazes, saiba mais sobre a seguir.


Vista de uma cidade de dia
Vista de uma cidade de dia


O que é fobia social?

A fobia social ou ansiedade social é o medo ou ansiedade severa de situações sociais ou de estar perto de outras pessoas. Pode ser muito assustadora e dificultar a saída e a socialização. Pessoas fóbicas sociais podem ter dificuldade em falar em público, participar de festas, entrevistas de emprego ou falar com novas pessoas. Elas também podem ter dificuldade em estar perto de outras pessoas e fazer amigos.

De acordo com o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5), a fobia social se caracteriza por um medo ou ansiedade acentuados em uma ou mais atividades sociais, quando essa pessoa é exposta a possível avaliação. Assim como em interações sociais, ser observado ou situações de desempenho diante de outros, como ao realizar um discurso (Associação Americana de Psiquiatria [APA], 2014).

Pessoas fóbicas sociais geralmente evitam ambientes sociais, mesmo que isso signifique perder aspectos importantes de suas vidas. O medo muitas vezes leva a uma angústia significativa e pode levar a evitar atividades sociais e relacionamentos próximos. Para controlar o medo excessivo, essas pessoas precisam encontrar maneiras de lidar com o desconforto e o estresse que vêm do medo. Algumas estratégias comuns incluem técnicas de relaxamento, terapia e medicação.

O medo persistente de atividades sociais pode acontecer em situações em que o indivíduo está sozinho ou cercado por outras pessoas conhecidas, como participar de uma festa ou conhecer novas pessoas. A fobia social é mais comum em mulheres do que em homens (Barnhill, 2020), e geralmente começa durante a adolescência ou início da idade adulta. Também é mais comum em pessoas que sofrem de outros problemas de saúde mental, como ansiedade, depressão e outros transtornos (APA, 2014). O fóbico social pode sentir ansiedade intensa antes e durante uma situação que inclua um grupo de pessoas, junto com um medo intenso que as leva a evitar a situação completamente.


Tenho fobia social ou sou tímido?

Entende-se a fobia social como um medo intenso de situações sociais, enquanto a timidez é um sentimento de desconforto mais geral em torno dos outros. As pessoas com fobia de contextos sociais podem evitar completamente ambientes sociais, ou podem suportá-las com grande dificuldade. Enquanto a timidez é um traço de personalidade comum e não é entendida por si só como patológica ou um problema. Entretanto, quando a timidez começa a atrapalhar continuamente a vida cotidiana é importante que sejam observados os sinais e que um profissional qualificado seja buscado. Assim um diagnóstico pode ser realizado a partir dos critérios diagnósticos presentes no DSM-V (APA, 2014).


Quais são os sintomas da fobia social?

Os sintomas podem variar muito de pessoa para pessoa, mas geralmente incluem ansiedade ou medo intensos em atividades de convívio social ou exposição social. Essas situações podem incluir, mas não estão limitadas a: discursar em público, comer em público, ir a uma festa, participar de reuniões de trabalho ou conhecer novas pessoas. O medo pode ser acompanhado por sintomas físicos e sintomas cognitivos (por exemplo, preocupação excessiva com possíveis consequências negativas).

Os sintomas podem ser diferentes em cada pessoa, mas geralmente incluem o medo de ficar sozinho ou envergonhado em contextos sociais. Alguns sinais da fobia social incluem:


  • Tremores;

  • Nervosismo;

  • Palpitações cardíacas;

  • Suor excessivo;

  • Dificuldade para se comunicar ou medo de estar sendo inconveniente;

  • Falta de ar;

  • Rubor;

  • Náuseas ou vômitos;

  • Medo de perder o controle.

Quais as causas da fobia social?

Ainda não há uma resposta definitiva para o que causa, mas acredita-se que seja uma combinação de fatores genéticos, psicológicos e ambientais. A ansiedade e medo subjacentes podem resultar de uma variedade de fontes diferentes. É comum que pessoas com fobia de contextos sociais tenham altos níveis de ansiedade e preocupação em geral. Algumas pessoas fóbicas também podem estar geneticamente predispostas ao transtorno.

Eles também podem ter um histórico de eventos traumáticos ou problemas de interação social. O histórico de eventos traumáticos podem levar a experiências de medo e ansiedade intensos em momentos sociais. Podendo ser desencadeado diante de situações diversas, desde ver alguém que você conhece (um gatilho conhecido) até simplesmente estar em um lugar público. Algumas dessas pessoas podem ter sofrido abuso ou negligência na infância, o que levaria a sentimentos de insegurança e vulnerabilidade na vida adulta. Outras pessoas podem ter tido experiências difíceis na escola ou no trabalho, o que as levou a desenvolver uma desconfiança dos outros.

Independentemente da causa, qualquer evento traumático pode levar ao aumento dos níveis de ansiedade e estresse e muitas vezes pode desencadear memórias e sentimentos relacionados ao trauma. Ao todo, as evidências sugerem que para a fobia social o tratamento é mais eficaz quando implementado no início dos sintomas.


Interação social

O contato social pode ser uma tarefa difícil para qualquer pessoa, mas é especialmente desafiadora para pessoas que sofrem de fobia social, pois requer a capacidade de ler e responder a dicas sociais. A interação social é o processo de troca de mensagens com outras pessoas. Quando interagimos com outras pessoas, estamos constantemente tentando interpretar suas dicas sociais para descobrir o que elas estão pensando e sentindo. Esse processo pode ser muito desafiador, pois pessoas diferentes reagem às dicas sociais de maneiras diferentes. Algumas pessoas são muito sensíveis a pequenas pistas, como a linguagem corporal, e ficam muito ansiosas ou em pânico se sentirem que não estão recebendo a atenção que desejam.

Quem é tímido ou fóbico tende a sofrer mais nestas situações. Outros podem ser menos sensíveis e não notarão pistas pequenas. Além disso, algumas pessoas com fobia social podem ser muito boas em esconder sua ansiedade dos outros, mesmo que possam estar lutando internamente. Independentemente da gravidade, todos os indivíduos com fobia social tendem a ter dificuldade em interagir socialmente devido ao seu medo.

O primeiro passo para lidar com os medos sociais é identificá-los. No entanto, os medos sociais podem variar muito em sua intensidade e especificidade. Algumas pessoas podem estar particularmente ansiosas com um ou dois tipos específicos de contextos sociais, enquanto outras podem sentir ansiedade em praticamente todos os ambientes sociais.


Alguns gatilhos comuns incluem:

· vivenciar ou testemunhar um evento traumático,

· ser vítima de um crime violento,

· sofrer abuso físico ou sexual,

· estar exposto a catástrofes naturais,

· estar perto de grandes grupos de pessoas,

· medo de falar em público,

· medo de ser ridicularizado,

· estar perto de pessoas desconhecidas,

· experimentando um ataque de pânico,

· Ser avaliado ou julgado por outros.


É importante identificar os medos sociais específicos que estão afetando uma pessoa para encontrar o melhor tratamento.

Como é o tratamento da fobia social e ansiedade social?

Há muito desconforto e estresse que vem com o medo de atividades sociais. Pessoas que sofrem de fobia social geralmente se sentem extremamente ansiosas antes, durante ou depois de interações sociais. Isso pode dificultar muito o enfrentamento do medo. No entanto, existem várias coisas que as pessoas podem fazer para controlar sua condição e viver uma vida normal. Não existe especificamente um tratamento para fobia social, mas ele geralmente envolve uma combinação de terapias e medicamentos.

Psicoterapia

Psicoterapia é o uso da conversa ou de outras formas de comunicação para ajudar que a pessoa resolva problemas e dificuldades. Ela pode ajudar uma pessoa a entender e controlar seu medo, o que pode, por sua vez, levar à construção de relacionamentos positivos. Seu objetivo não é “curar” a pessoa, mas ajudá-la a aprender como lidar melhor com as emoções negativas e construir relacionamentos duradouros. Pode ser útil para pessoas que estão lutando com ansiedade, depressão ou outros problemas de saúde mental. O terapeuta também pode ajudar a desenvolver estratégias para controlar sua ansiedade em diferentes situações.

O tratamento para a fobia social pode ocorrer com uma terapia psicanalítica. A psicanálise busca trabalhar desenvolvendo a compreensão da pessoa da mente inconsciente. Ela tem sido usada para tratar uma variedade de questões, incluindo depressão, ansiedade e transtorno de estresse pós-traumático (TEPT).

Tratamento com o uso de medicamentos

A terapia medicamentosa é um tipo de tratamento que ocorre na área da psiquiatria. O médico psiquiatra pode indicar medicamentos para ajudar com problemas de saúde mental. Eles são médicos especializados em diagnosticar, tratar e prevenir transtornos mentais e irão ajudar a avaliar se o seu caso se trata de uma fobia social ou de outro transtorno. O tratamento envolve tomar medicamentos, geralmente em forma de comprimido, para ajudar a controlar os sintomas. O objetivo da terapia medicamentosa é ajudar a pessoa a se manter estável e melhorar sua qualidade de vida. Em muitos casos, ela tende a ser bem-sucedida no tratamento dos sintomas da doença mental. Também pode ajudar a melhorar o humor e o comportamento geral da pessoa. Por outro lado, os medicamentos psiquiátricos também podem ter efeitos colaterais, incluindo alterações na função cognitiva e na memória, bem como mudanças nos padrões de sono e apetite.

Há um grande debate sobre se a medicação é sempre necessária ou não para transtornos mentais. A grande maioria dos especialistas concorda que nem sempre é necessário, mas há muitos casos em que a medicação pode ser uma forma eficaz de tratamento. Esse debate decorre do fato de que as condições de saúde mental são doenças complexas e multifatoriais que podem ser afetadas por uma variedade de fatores além da medicação. Para algumas pessoas, terapias psicológicas ou mudanças no estilo de vida podem ser mais eficazes. Em alguns casos, os medicamentos podem ser necessários apenas no curto prazo e podem ser descontinuados quando a pessoa não estiver mais apresentando sintomas.

Terapia em grupo

A terapia de grupo é um tipo de psicoterapia em que um grupo de pessoas recebe tratamento em conjunto. O objetivo da terapia de grupo é ajudar os participantes a desenvolver relacionamentos e se comunicarem efetivamente uns com os outros. Ela pode ser útil para uma variedade de problemas, como depressão, ansiedade e TEPT.

A terapia de grupo é considerada útil para a fobia social, sendo suas principais etapas:


1. Diagnóstico e avaliação;

2. Identificação de comportamentos sintomáticos;

3. Estabelecimento de metas e objetivos;

4. Planejamento e condução das sessões;

5. Acompanhamento e monitoramento.

Os tratamentos em uma terapia de grupo podem ser conduzidos em formato presencial, telefone ou vídeo, dependendo das necessidades do paciente. Normalmente dura de 12 a 16 semanas, mas pode ser mais curta ou mais longa, a depender do objetivo do grupo.

Apoio familiar e social

O apoio familiar e social é extremamente importante para o tratamento das diversas formas de ansiedade. Esses apoios permitem que as pessoas se sintam conectadas umas às outras e proporcionam uma sensação de estabilidade e continuidade em suas vidas. Isso pode fornecer um ambiente protetor que ajuda as pessoas a controlar seus sintomas de ansiedade. Além disso, tais apoios podem reduzir os sentimentos de isolamento e solidão, o que pode agravar os sintomas. De fato, pessoas que têm fortes redes de apoio familiar e social tendem a ter melhores resultados de saúde mental em geral. Além disso, o apoio social pode fornecer aos indivíduos informações e conselhos sobre a fobia social. Ter uma rede de apoio também pode aumentar a eficácia dos tratamentos.

Relacionamentos positivos

Relacionamentos positivos são importantes tanto para o tratamento de ansiedades quanto para o bem-estar geral. Eles podem ajudar a diminuir o estresse, fornecer apoio e aumentar os sentimentos de conexão. Além disso, relacionamentos positivos podem promover o senso de autoeficácia de um indivíduo, o que pode facilitar os objetivos do tratamento. Portanto, construir relacionamentos positivos é essencial tanto para o indivíduo quanto para a eficácia do tratamento.

Os relacionamentos positivos são construídos pela compreensão e respeito das necessidades e desejos da outra pessoa. Ao fazer isso, ambas as pessoas podem ter uma experiência mais positiva e o relacionamento durará mais. Esses relacionamentos envolvem duas pessoas que se apoiam mutuamente e cooperam. Eles criam uma atmosfera agradável na qual cada pessoa se sente valorizada. A verdadeira amizade é baseada em interesses, valores e experiências compartilhados. Para construir relacionamentos positivos, comece agendando um horário para conversar. Pode ser uma reunião formal ou uma conversa informal durante um café ou almoço. Certifique-se de que a conversa seja focada em interesses mútuos e não apenas em questões profissionais ou sobre você.


Uma forma de construir relacionamentos positivos envolve:

· iniciar ou se envolver em conversas;

· fornecer suporte e assistência ao outro;

· expressar apreço pela outra pessoa;

· estabelecer limites;

· ser autêntico.

Essas são apenas algumas das maneiras que podem ser usadas para melhorar os relacionamentos, mas existem muitas mais. É importante descobrir o que funciona melhor para você.

Aqui estão algumas dicas para ajudar você a superar a fobia social:

1. Faça uma lista das coisas que o deixam ansioso. Dê uma olhada em sua vida e veja onde há algum gatilho para sua ansiedade. O que pode fazer você se sentir ansioso antes de sair com os amigos?


2. Identifique quais emoções você sente quando está perto de outras pessoas. Por exemplo, você se sente assustado, tenso ou nervoso?


3. Converse sobre seus sentimentos com um terapeuta que possa ajudá-lo a entendê-los e abordá-los. Pode ser difícil falar sobre nossas ansiedades, mas é essencial para combatê-las. Falar sobre nossos medos os tornará menos assustadores e nos ajudará a aprender como lidar com eles em situações futuras.


4. Pratique técnicas de relaxamento Isso pode ajudar a reduzir os níveis de ansiedade e estresse antes e durante as interações sociais. Isso pode incluir coisas como exercícios de respiração profunda, yoga ou meditação. Tirar um tempo para si mesmo todos os dias ajudará a reduzir a quantidade de estresse em sua vida e a aliviar os sintomas de fobia social.


5. Certifique-se de ter expectativas positivas para si mesmo ao interagir com outras pessoas. Isso ajudará a reduzir seus níveis de medo e ansiedade enquanto se envolve em atividades sociais.


6. Examine suas crenças sobre situações sociais para entender por que você se sente assim. Se você acredita que é incapaz de ter um bom desempenho ou interagir bem em ambientes sociais, provavelmente sentirá ansiedade intensa antes de qualquer encontro.


7. Envolva-se em atividades sociais com as quais você se sinta confortável. Isso não significa que você tenha que se expor completamente à situação - encontre atividades que permitam que você participe da atividade sem ter que falar ou interagir com outras pessoas.


8. Obtenha ajuda profissional! Os profissionais têm o treinamento e a experiência para fornecer aos pacientes o apoio de que precisam para superar seus medos e lidar com as situações mais difíceis. Além disso, a psicoterapia pode ser muito eficaz para ensinar o paciente a controlar sua ansiedade e a se relacionar melhor.

Conclusão

A fobia social é um tipo de ansiedade que pode deixá-lo ansioso com ambientes sociais e compromete sua qualidade de vida. É uma condição grave que pode ser muito debilitante. Se você estiver com sintomas de fobia social, é importante buscar ajuda profissional. Existem muitos tratamentos diferentes disponíveis, então encontre um que funcione melhor para você. Também é importante lembrar que, com o tratamento, você pode superar seu medo e viver uma vida com menos ansiedade. Lembre-se de que você não está sozinho e há ajuda disponível.

Referências

American Psychiatric Association. (2014). DSM-5: Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais. Artmed Editora.


Barnhill, J. (2020). Fobia social - Distúrbios de saúde mental - Manual MSD Versão Saúde para a Família. Manual MSD Versão Saúde para a Família. Retrieved 27 August 2022, from https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-de-sa%C3%BAde-mental/ansiedade-e-transtornos-relacionados-ao-estresse/fobia-social.


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